Nesta rua, ainda, eu ñao posso voar
para que falar do Pessoa?
para que dizer do Sabines?
ñao preciso do Neruda,
nesta noite ñao vou falar
as palavras mais doces
nesta noite vou chorar
com meu corpo
minha mao
minha cama
minha saudade
meu desejo
de voar
e ter os meus pés
colados na face
da uma rua longa, muito, demais
vou virar a mirada
o corpo, a fantasia,
minhas maos,
minhas palavras,
meu sonho,
a cuarta-feira,
o segunda,
meu desejo de voltar, voltar, voltar,
para a pequena morte de novo,
vou correr para no abismo,
vou espalhar minhas asas
como o último recurso
de esta carrera
óbvio, de resistência
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